O tratamento da psoríase é essencial para manter uma qualidade de vida satisfatória. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição diária ao sol são suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas.

Nos casos moderados, quando apenas as medidas acima não melhorarem os sintomas, o tratamento de Fototerapia, que é a exposição à luz ultravioleta A, PUVAterapia, faz-se necessário. Esta modalidade terapêutica utiliza combinação de medicamentos que aumentam a sensibilidade da pele à luz, os psoralenos (P), com a luz ultravioleta A (UVA), geralmente em uma câmara emissora da luz. A sessão da PUVAterapia demora poucos minutos e a dose de UVA é aumentada gradualmente, dependendo do tipo de pele e da resposta individual de cada paciente ao tratamento.

O tratamento também pode ser feito com UVB de banda larga ou estreita, com menores efeitos adversos, podendo inclusive ser indicado para gestantes. Já em casos graves, é necessário iniciar tratamentos com medicação via oral ou medicamentos biológicos.
A psoríase pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na autoestima do paciente, o que pode piorar o quadro. Assim, o acompanhamento psicológico é indicado em alguns casos. Outros fatores que impulsionam a melhora e até o desaparecimento dos sintomas são uma alimentação balanceada e a prática de atividade física. Nunca interrompa o tratamento prescrito sem autorização do médico. Esta atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação.

Psoríase, implicações além da pele

Sabe-se que a psoríase pode estar associada a algumas doenças sendo as principais a artrite psoriática e as doenças inflamatórias do intestino, como Doença de Chron e Retocolite Ulcerativa. Outras doenças relacionadas ao aparecimento da psoríase e seu impacto na qualidade de vida do paciente também são conhecidas, tais como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, ideias suicidas e consumo de substancias com potencial para vício, como álcool e tabaco. Nos últimos anos, diversas outras doenças vêm sendo ligadas à psoríase, tais como:

• Síndrome metabólica: é um conjunto de características que envolvem obesidade, pressão arterial alta, aumento do açúcar no sangue (glicemia) e alteração nas gorduras do sangue (aumento nos triglicerídeos e do colesterol “ruim” – LDL/VLDL e baixo colesterol “bom” – HDL). Pacientes com psoríase apresentam risco aumentado de desenvolver essa síndrome, que, em ultima analise, leva ao risco aumentado de doenças cardiovasculares.

• Doenças cardiovasculares: Pacientes com psoríase tem risco até duas vezes e meia maior de desenvolver doenças do coração e das artérias, como aterosclerose (entupimento das artérias), cardiopatia isquêmica (infarto), doença vascular cerebral (“derrame”) e doenças vasculares periféricas (“varizes e tromboses”)

• Malignidades (câncer): Ainda é bastante controverso, mas é provável que pacientes com psoríase tenham maior chance de desenvolver câncer do sistema linfóide (sistema de defesa), como linfomas.

• Doenças relacionadas aos tratamentos: Nefrotoxicidade (alterações toxicas no rim), hepatotoxicidade (alterações toxicas no fígado), aumento na incidência de câncer de pele não-melanoma e infecções por diminuição do sistema de defesa. É importante ressaltar que, quanto mais grave e mais duradoura a psoríase do paciente, maior a chance destas doenças comprometerem a saúde do paciente.