A psoríase é contagiosa?
Não.

Existe cura para psoríase?
Pode-se controlar a doença, mas não existe cura. Sempre haverá tendência à recaída, o que é compreensível, devido à natureza multifatorial.

As fases de melhora precisam ser acompanhadas?
Sem dúvida. A psoríase é uma doença crônica e mesmo os pacientes que estão momentaneamente sem lesões continuam sendo portadores. O tratamento da psoríase, na maioria das vezes, se divide em dois momentos: supressão das lesões (clareamento) e manutenção da remissão (manter a pele sem lesões). Para isto, é necessários o acompanhamento com seu médico dermatologista.

A psoríase pode ser transmitida de pai para filho?
Sim. A psoríase é uma doença determinada pela genética e desta forma pode ser transmitida através de uma linhagem familiar. Entretanto, não é tão fácil determinar a probabilidade precisa da transmissão familiar da doença. Sendo assim, existe a probabilidade dos filhos desenvolverem psoríase se os pais forem afetados, mas não se pode ter a certeza de que isto ocorrerá.

Quais são os fatores que melhoram a psoríase?
A radiação solar (Ultra-Violeta), clima tropical e a melhora de aspectos psicossociais, através de relaxamento, psicoterapia, etc… , podem melhorar a doença.

Quais os fatores que pioram a psoríase?
Consumo de bebidas alcoólicas, estresse físico ou psicológico, alteração do humor (ansiedade, depressão), hábito de fumar (para mulheres), certas medicações (beta-bloqueadores, antimaláricos, entre outros), trauma direto sobre a pele (fenômeno de Köebner) e os climas frios (diminuição da radiação UV) podem piorar a psoríase.

O estresse causa psoríase?
O estresse não é a causa da psoríase. Mas naqueles pacientes que possuem psoríase, o estresse pode piorar o quadro. De fato, o estresse é um dos grandes fatores que causam piora da psoríase.

A mulher que tem psoríase pode engravidar?
Sim.

Pode-se prevenir a psoríase?
Não, porque as causas da doença ainda não estão totalmente esclarecidas e, na maioria dos casos, a pessoa já nasce com uma programação genética para ter ou não ter psoríase.

A psoríase pode vir a se tornar um câncer?
Não.

Existem medicamentos que desencadeiam a psoríase?
Sim. Beta-bloqueadores, antimaláricos, salicilatos, antiinflamatórios não-hormonais, entre outros. Os corticóides sistêmicos (via oral e intramuscular) podem desencadear rebotes e causar o agravamento da doença.

O sol é benéfico para todos os tipos de psoríase?
Não. A psoríase pustulosa e àquela forma intensamente inflamatória pode inclusive piorar com a fototerapia. É preciso diminuir a inflamação e o componente pustuloso antes de iniciar a fototerapia. De qualquer forma, a análise dos casos é feita individualmente.

As lesões da psoríase provocam dor?
Não é regra, mas, pode haver dor nas lesões. Principalmente na psoríase palmo – plantar com fissuras.

A psoríase provoca coceira?
Pode causar, mas não é regra para todos os pacientes.

Porque é importante combater as infecções?
Porque as infecções podem desencadear ou piorar as lesões (principalmente nos casos de psoríase gutata).

Medicações psiquiátricas podem agravar a psoríase?
Sim, o Lítio, basicamente.

Qual seria o tratamento quando se trata de criança?
Praticamente todos os tratamentos podem ser administrados às crianças, desde que bem analisados os riscos e benefícios das medicações. Em princípio, após os 12 anos, trata-se o indivíduo com adulto.

Psoríase pode acometer os órgãos genitais?
Sim, e é bastante comum que isto aconteça.

Alguém pode ter artrite psoriática, sem ter psoríase na pele?
Sim, isto é possível e pode, inclusive, ser de difícil diagnóstico.

É preciso fazer algum tipo de dieta?
Não. Até o momento, não existe nenhuma comprovação científica de que o curso da psoríase seja modificado por qualquer alimento. É importante, no entanto, evitar bebidas alcoólicas, que tanto podem agravar as lesões, quanto podem interagir com as medicações utilizadas, pondo em risco o tratamento.

De que forma as pessoas com psoríase podem obter melhor qualidade de vida?
Elas podem fazer parte de grupos de apoio a fim de receber esclarecimentos sobre a doença. Além disso, manter-se no trabalho é fundamental para preservar a autoestima, o que também influi no tratamento, sendo assim, o portador deve procurar apoio e incentivo para não abandonar suas atividades sociais e de trabalho. Também, quando as pessoas controlam a psoríase, consequentemente melhoram sua qualidade de vida, portanto, é necessário procurar a terapia mais apropriada e seguir as orientações médicas com afinco.

A psoríase é uma doença psicossomática?
Sim, pois uma doença psicossomática é aquela em que os aspectos psicológicos podem estar envolvidos tanto no surgimento como no desenvolvimento da mesma. Por psicossomática entende-se uma constante inter-relação entre mente e corpo, entendendo o indivíduo como um ser inteiro, no qual o que se passa na mente repercute no corpo, e da mesma forma acontece o contrário; por aspectos psicológicos, podemos referir o estresse, as perdas, as dificuldades nas relações interpessoais, dentre outros. Sabe-se que situações difíceis de administrar podem acarretar sentimentos de ansiedade, nervosismo, tristeza etc. Por exemplo, férias, perda de emprego, separação, mudança, entre outras situações de vida podem ser encaradas de forma positiva por algumas pessoas e de forma negativa por outras. As repercussões físicas de situações como estas vão depender da forma como o indivíduo as enfrentar.

O tratamento psicológico pode interferir na melhora clínica (diminuição de lesões e sintomas) da psoríase?
Sim. Tendo em vista que o adoecimento da pele é um processo biopsicossocial, estando em constante inter-relação entre as diferentes dimensões do ser humano: física, psicológica, social, o atendimento psicológico coopera com a melhora clínica do quadro físico estabelecido (diminuição da extensão das lesões, assim como da intensidade dos sintomas), lembrando sempre a importância de um tratamento médico integrado médico e psicológico.

É verdade quem tem psoríase não pode fazer cirurgia plástica?
Não existem contraindicações absolutas para procedimentos cirúrgicos, sejam plásticos ou não, unicamente pela psoríase. O que pode eventualmente acontecer nestes casos é o aparecimento de novas lesões de psoríase nos locais dos cortes cirúrgicos (fenômeno de Köbner) ou agravamento generalizado da psoríase pelo stress cirúrgico. Mas não se sabe de antemão em qual a percentagem de pacientes que isto pode ocorrer. Deve-se ter cuidado de verificar com seu cirurgião plástico, também, se os eventuais remédios que estejas usando para psoríase não comprometam o resultado da cirurgia.